Ficam aqui os meus sinceros votos de muita felicidade para vocês todos, bem lá do fundo do meu coração. Aproveitem bem o Réveillon, bebam todas, façam sexo selvagem, incinerem a tabela de ingestão diária de calorias, abracem pessoas asquerosas na virada de ano e continuem visitando o meu blog no ano que está prestes a chegar. Um grande abraço apertado e suado. Até o ano que vem.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Feliz 2009!
Ficam aqui os meus sinceros votos de muita felicidade para vocês todos, bem lá do fundo do meu coração. Aproveitem bem o Réveillon, bebam todas, façam sexo selvagem, incinerem a tabela de ingestão diária de calorias, abracem pessoas asquerosas na virada de ano e continuem visitando o meu blog no ano que está prestes a chegar. Um grande abraço apertado e suado. Até o ano que vem.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Vade retro(spectiva 2008)
- A Favorita em HD: a segunda melhor coisa que me aconteceu em 2008 foi essa novela. Eu já violentei pessoas e já deixei de sair com a minha namorada por causa da Donatela. Vocês podem achar que eu tô brincando, mas quem me conhece sabe da gravidade e da veracidade dessa afirmação. E eu não me envergonho disso. Sério. Cala a boca!
- Tiopês: a alegria da plebe em '08 não foi o novo CD do Vítor & Leo ou o casamento da Sandy e Júnior. O miguxês ressurgiu turbinado, intelectualizado, humorizado e fez a cabeça dos indies, emos e de qualquer outra pessoa que queira esconder o fato de não saber escrever em português. Shörei oseanus.
- Fama: não, não é o programa fracassado da Globo. Eu tô falando do meu blog mesmo. Apesar de estar na ativa como profissional do sexo há uma caralhada de anos, foi só em 2008 que as pessoas começaram a me parar na rua pra pedir abraços, autógrafos nos mamilos e tal. Abraço quente pra vocês todos que me acessaram esse tempo todo.
- Yo soy rebelde: Larguei o curso de pós-graduação, larguei o Pilates, larguei as drogas... 2008 significou muito pra mim e pra minha carreira. Acho que agora vai.
- Música: ver postagem no meu outro blog, clicando aqui ó. Muita coisa boa.
Tá, cansei. Eu tinha ainda muito o que dizer sobre o fiasco das Olimpíadas, sobre Isabella a Menina Voadora, sobre o suplício de Eloá, etc, mas acho que já falei demais por hoje. Vou terminar as minhas compras de Natal, assistir o amigo secreto do Vídeo Show e chafurdar na minha meiguice ao lado da minha cara-metade. Muita paz e amor a todos, e que 2009 traga coisas ainda melhores pra mim e pra vocês. Agora vazem de cócoras.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Não faz mal, limpa com jornal
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Viagem à terra do Papai Noel
Em tempos onde, aos 12 anos, a maioria das meninas já estão amamentando e os meninos estão pagando pensão alimentícia, é factível que uma pirralha desdentada seja ingênua o suficiente para acreditar que um mascote da Coca-Cola, acima do peso, vestindo casaco de pele vermelho e branco em pleno verão e conduzindo um trenó movido a renas mágicas, vai descer pela chaminé do seu casebre no dia 25 e distribuir presentes de graça só porque há dois mil e poucos anos nascia uma criança bastarda em alguma pocilga lá em Belém?
O regulamento da promoção, que se restringia a crianças de 8 a 11 anos, era particularmente cruel. Basicamente, se o pobre infeliz conseguisse a proeza de passar pelo rigoroso processo de seleção, ele não só nunca mais acreditaria no Papai Noel como teria que iniciar com urgência um tratamento psiquiátrico avançado. Seguem alguns trechos do regulamento:
As crianças autoras das 10 (dez) cartas pré-selecionadas serão comunicadas por telefone e participarão de entrevistas e testes de avaliação, desenvoltura e comunicação em data previamente comunicada pela RBS TV.Logo, ou essas crianças acreditam mesmo em Papai Noel, ou as mamães e papais se aproveitaram do retardo mental de seus filhos para faturar passagens de ida e volta para a Finlândia. Ou as duas coisas. Mas quem sou eu pra reclamar? Provavelmente se essa promoção valesse para crianças de 22 anos, eu também escreveria uma cartinha dizendo 'Por quê quero visitar o Papai Noel.' Pena que eu só me fodo em entrevistas profissionais...
Caso nenhuma criança atinja os padrões desejados nos testes e entrevistas realizados, conforme item 4.5., a Comissão Julgadora se reserva no direito de não selecionar nenhuma criança. A decisão da Comissão Julgadora é inquestionável e irrevogável, não cabendo recurso de qualquer espécie.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Um 4 de novembro histórico (Parte 2)
Um 4 de novembro histórico (Parte 1)
Ontem, Barack Hussein Obama venceu as eleições em um pleito que nasceu histórico, já que, pela primeira vez, uma mulher e um homem afro-americano possuíam chances reais de concorrer e chegar à presidência do Império Americano. Se tudo der certo, e se os republicanos tiverem dificuldades em assassinar o pobre diabo até lá, em janeiro a Casa Branca passa a ser chefiada pelo primeiro presidente negro da história americana. É no mínimo emocionante observar o longo caminho que percorremos desde os tempos da escravidão e da segregação racial até este fatídico 4 de novembro de 2008.
'That's one small step for man; one giant leap for mankind', sentenciou Neil Armstrong no set de gravação do vídeo da chegada do homem à Lua. Quase quarenta anos depois, podemos parafraseá-lo para atestar a força simbólica desta eleição. Obviamente, a população americana votou pela redenção após oito anos de inferno; votou contra a infeliz escolha do partido republicano para vice-presidente; votou assombrada por uma crise financeira que sacudiu as bases da superpotência. Mas votou, acima de tudo, no candidato que fez a campanha mais limpa, mais concisa, e que acabou se tornando uma espécie de profeta da mudança da qual os Estados Unidos da América (e o resto de nós) tanto precisam.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Coisas que estão me irritando no momento - 2008 (v.2)
Embuchou, aguenta - Ok, ok. Os deficientes físicos têm todo o meu apoio. Afinal de contas, a locomoção pra eles, na maior parte dos casos, é mais complicada e é legal disponibilizar vagas especiais pra dar uma mão na roda (trocadilho não intencional. Quer dizer, mais ou menos). Agora, vai me dizer que uma mulher que está esperando um filho merece uma vaga na portinha do shopping? Faça-me o favor. Se a mulher está tão grávida a ponto de precisar de uma vaga especial em um estacionamento, então que diabos ela vai estar fazendo em um shopping? Pelo amor de Jesus. A bolsa estourando e a mulher lá filando um McDonald's? Vamos criar vergonha na cara, gurizada. Gestante não é deficiente. Apesar de algumas mulheres no volante merecerem a vaga para excepcionais... mas isso já é um outro assunto.
Pára, Bial - Pouca gente percebeu, mas, durante as Olimpíadas, o Pedro Bial resolveu voltar discretamente à ativa como repórter sério. Depois de apresentar o Big Brother por dez anos, o cara me aparece como correspondente internacional e espera que eu leve a sério a opinião (ele faz reportagens opinativas) de uma pessoa que chorou abraçada no Alemão e que fez beicinho quando provou que sabe menos sobre mitologia grega do que um reles bróder. E agora ele deu pra fazer análises profundas sobre a corrida presidencial nos EUA, todas elas menos empolgantes do que os discursos de dia de eliminação. Ao menos a Marisa Orth* recolheu a sua insignificância a tempo de não se queimar totalmente em rede nacional. Pense nisso.
*pra quem não lembra, ou tem vergonha de dizer que lembra, a Marisa Orth começou apresentando o Big Brother ao lado de Pedro Bial, mas foi expulsa depois de fazer uma merda federal ao vivo.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Alô, é do cativeiro?*
O que importa se a polícia fez cagadinha e explodiu a porta na hora errada ou se o pai da Elô é um serial killer foragido ou se o Datena ficou brabinho por não ter conseguido o número do Lindemberg antes da concorrente? Eu quero saber é se o Pato vai ou não visitar a guria que sobreviveu e quer tirar R$2.000.000 do Estado, apesar de ter voltado ao cativeiro por vontade e imbecilidade próprias. Parafraseando Michael Stipe: it´s the end of the world as we know it (and I feel fine).
*Para os chocados de plantão, duas palavrinhas amigas: fodam-se!
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Foi mal, Celina. Beijo, me liga.
Todo começo de ano era a mesma odisséia, quando meus pais saíam em busca do atestado médico que garantiria a minha alforria fisiológica e, ao mesmo tempo, prenunciaria a usual tortura psicológica por parte dos corpos docente e discente. Contando por cima, arrisco dizer que jurei de morte pelo menos uns cinco professores, do jardim de infância até o final do ensino médio. Na minha ingênua e pacífica mente infanto-juvenil, todo professor de educação física era um ser humano fracassado e pervertido que não conseguiu ser atleta profissional nem professor de verdade e cuja vida pessoal e sexual era de fazer chorar a criancinhas indefesas, e, por isso, eles descontavam as suas frustrações pessoais nos pequenos sacos de pancada que eram os seus alunos, mas, acima de todos os outros, eu próprio.
A situação ficou crítica quando fui chamado para uma sala escura dentro do ginásio (calma, minha gente, eu não fui vítima de pedofilia, até onde eu me lembre) por um professor que, além de frustrado sexualmente e pessoalmente, poderia ser usado como enfeite de jardim com a adição de uma touca vermelha e uma túnica verde. O conteúdo dessa conversa muito séria e produtiva para o meu desenvolvimento como ser pensante me foge no momento, mas era algo envolvendo os motivos do meu ódio por ele, e o que poderia ser feito para amenizar a minha ira infantil. No final das contas, decidiu-se que, se eu lesse uma reportagem do caderno esportivo por semana, colasse em uma folha pautada e resumisse a dita cuja, tudo estaria resolvido e a minha ficha criminal seria zerada. O que veio bem a calhar, após mais de dez anos sofrendo nas mãos (conotativamente falando) dos mais diversos tipos de (atenção para as aspinhas com os dedos) profissionais da saúde.
Deixei o modo 'um pé atrás' ativado em relação a professores a partir do momento em que um quadrúpede fantasiado de gente escreveu família com 'LH' no quadro negro, diante de crianças desprotegidas, logo na primeira série. De ali em diante, minha missão nesta Terra se tornou clara: desmascarar professores, educadores e o resto da cambada de anormais que descontam sua baixa expectativa de crescimento profissional em terceiros. Acho que fiz um bom trabalho. Fui cruel demais, às vezes, mas é preciso lidar de igual para igual com algumas espécies de gente. E o lado sadomasoquista da história? Eu faria tudo de novo.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Os perigos da televisão digital
A resposta curta e grossa é: não, não vai. A resposta longa e dura é: entretanto, as imagens em alta definição mudam a forma como a pessoa assiste à televisão, tanto positiva quanto negativamente. O impacto é tão grande no começo - e olha que a NET comprime as imagens em 2003023 trilhões de vezes - que o primeiro sintoma observado é ficar assistindo ao Programa Amaury Jr. até altas horas da matina contando quantos pontos de lifting facial o nosso querido socialite levou até hoje. Ou perder a tarde em frente à TV hipnotizado pela beleza profunda das olheiras da Sônia Abrão. É tudo tão bonito em HD. Dá até vontade de beijar o Bóris Casoy na boca.
A NET oferece - até o momento de escritura deste post - apenas três canais em alta definição: Globosat HD, RedeTV HD e Band HD. O primeiro deles é um mix de conteúdos de canais Globosat (surpresa!) em alta definição (dupla surpresa!), como desfiles de moda sob o selo GNT HD, shows de música sob o Multishow HD, e por aí vai. As reprises são constantes, mas sempre tem conteúdo novo (na medida do possível). O grande trunfo do novo decodificador é a função DVR (digital video recorder), que permite ao usuário agendar a gravação de programas de forma personalizada, em um HDD de 160Gb. É como um TiVo de pobre, lançado dez anos depois do original para a tupiniquinzada sossegar o facho. Mas, quer saber? Tá valendo. Pelo menos assim eu não perco um capítulo da novela das oito e ainda posso pausar a programação ao vivo quando quiser, pra ir no banheiro, dar uma volta na quadra ou simplesmente me exibir.
No geral, estou bastante satisfeito com o produto. Claro que eu preferia que a NET não fizesse um trabalho porco de compressão da imagem, e que outros canais em HD fossem lançados ainda este mês, mas a vida é feita de altos e baixos. A pergunta que não quer calar é: eu vou poder assistir ao final de A Favorita em alta definição ou não? É só o que eu peço!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Fresnoooooo <3
sábado, 27 de setembro de 2008
'Mãe, tem um feijão no meu garfo'
Entretanto, uma coisa sobrevive misteriosamente à entrada e à saída dos séculos: a propaganda enganosa. É de se pensar que, em pleno 2008, não pudesse ser considerado normal eu sentar no sofá e assistir a um comercial onde uma atriz - se fazendo passar por uma publicitária descolada cheia de briefings e cases e papers - é entrevistada por outra atriz - que faz as vezes de entrevistadora profissional -, em um bate-papo ultra informal sobre como a lavadora Brastemp é uma mão na roda após jantares com amigos e bacanais de toda a sorte.
Rapaz prendado que sou, senti verdadeira angústia quando as duas discutiam sobre o 'mito de que lava-louças não lava panelas direito'. Se eu contasse as vezes em que fui tirar os talheres da máquina e me deparei com uma refeição completa dentro de cada cesto, a minha mente ia explodir. Isso sem falar no avançado sistema de secagem, que te faz desejar a morte e te obriga a apelar pro pano de prato. Também, o que se pode esperar de uma empresa que vende assinatura de purificador de água (é sério), lança uma espécie de kinder ovo que lava calcinhas e deixa de fabricar fogões com acendimento automático de uma hora pra outra (minha bisavó manda lembranças do além-túmulo).
No próximo episódio: só a Philips tem a tecnologia 3P (Philips Pixel Plus, dã)? Uau. Fique ligado.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Ainda sobre o fim do mundo...
Com a modesta receita das vendas, a Rainha do Pop pode adotar todas as crianças órfãs do continente africano e ainda garantir a educação da Lourdes Maria e do Rocco, bem como a subsistência da sua estirpe pelas próximas três gerações. E ainda sobra dinheiro para produzir mais cinco exercícios masturbatórios cinematográficos e gravar três álbuns de excrementos com sucesso garantido. Pelo menos até a Britinei herdar o trono e ocupar o posto que lhe é de direito. Já consigo até ver os meus filhos questionando, assim como eu questionei no meu tempo: "Como foi que ela conseguiu chegar tão longe, papai"?. E a resposta: "Ninguém sabe, meu filho. Ninguém sabe."
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
E viva o hedonismo!
O mundo está acabando, de fato. E já que chegamos tão baixo, e as chances de uma reviravolta no sistema são virtualmente nulas, acho que o melhor a se fazer é relaxar e gozar do mais puro descaso com o próximo, em prol do prazer de cada um de nós. Vamos jogar latinha de refrigerante pela janela do carro, vamos rir de propaganda de cerveja, injetar gordura vegetal hidrogenada direto na veia! Cansou de cuidar dos filhos? Taca pela janela de uma vez. Velhinha atravessou no sinal verde? Strike nela.
Esqueçam o aquecimento global, alimentos orgânicos, veganismo, fair trade. Tudo balela. Vamos comer ovo de galinha presa em cativeiro, beber leite com hormônio de crescimento bovino, ajudar a manter a Souza Cruz no lucro. Aproveitem bem o momento. Mas aproveitem rápido, porque o mundo está acabando.
sábado, 30 de agosto de 2008
Os dois lados da propaganda política
Nem é preciso comentar o desfile de aberrações dos candidatos a vereador, que vão desde taxistas que prometem a mudança da cor dos veículos até velhinhos caquéticos com os dois pés e as duas mãos na cova, só com a cabecinha ainda aparecendo.
O que nos leva ao outro lado da propaganda política. Ou da não-propaganda política. Pra quem não sabe, o Washington Olivetto é um dos publicitários brasileiros mais venerados de todo o sempre. Isso mesmo, aquele que foi seqüestrado e que fez o comercial do primeiro sutiã que a gente nunca esquece.
Pois é, o Olivetto é o responsável pela campanha de votação desse ano. Aquela do 'quatro anos é muito tempo'. Eu descobri isso sem querer num dia em que assistia TV com a minha mãe. Estávamos ambos sentados no sofá quando apareceu um cara falando que tinha uma abelha dentro do ouvido há quatro anos. Como boa estudante de psicologia, sem tirar os olhos da tela, minha mãe diagnosticou precipitadamente, em tom pesaroso: 'esquizofrenia'. Eu estava até concordando, até que o comercial chegou no trecho onde o homem conta que estava um dia no parque e a abelha entrou no ouvido dele e nunca mais saiu. A partir dali o que nos parecia um comercial integrante da campanha pelo tratamento da esquizofrenia se mostrou apenas mais uma das crias de Washington Olivetto, junto com o comercial do cara que sapateia involuntariamente, do imbecil que perde a passagem do cometa Haley, da débil mental que dá meia-volta antes de passar por alguma porta, etc. Tudo a ver com a responsabilidade do voto consciente. Como é a norma em publicidade: conscientização social = zero; gracejo massageador do ego = 100000.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Dois anos de Suicídio
Em sua atual encarnação, o Suicídio Profissional vem arrebatando leitores de norte a sul Brasil, isso sem falar no pessoal de fora (abraço forte pra galera do Quirguistão e da Eritréia), tornando-se um dos blogs mais acessados do mundo em sua categoria. A demanda foi tão grande que eu me vi na obrigação de criar um outro blog para desafogar o servidor: o Matiné Musical, que me traz muita alegria e satisfação pessoal.
Estou tão transbordante de alegria neste momento que as palavras me faltam, mas cada um de vocês, leitores, é especial para mim, e faz com que eu encontre uma brecha na minha concorrida agenda para suprí-los semana após semana com o que há de mais avançado nos estudos sobre a autofagia celular em aves de pequeno porte. Passemos juntos da fase anal para a fase genital desse projeto com a esperança de um mundo melhor para todos.
Agradecimento especial para as três pessoas que eu mais amo nessa atual vida, embora elas não saibam que eu tenho um blog. Como diria o Oswaldo Montenegro: ' se em terra de cego quem tem um olho é rei, imagine quem tem os dois'. Ou coisa parecida. O que importa é que ele tá comendo a Paloma Duarte.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Olimpíadas vermelhas
Tudo, obviamente, mascarado por ostensivas campanhas envolvendo bonequinhos da péssima animação Kung-Fu Panda no McLanche Feliz (que na China se chama McMao Lexotan 100mg) e inserções massacrantes da Happiness Factory da Coca-Cola nos intervalos de todas as partidas de todas as modalidades esportivas. Até a Pepsi mudou a cor da embalagem, do azul para o vermelho, em uma jogada de marketing que deve ter deixado os executivos da The Coca-Cola Company sem saber o que os atingiu. Só não vale publicidade de cigarro e de estimulantes sexuais, até porque a última coisa que eles precisam por lá é mais um lote de criancinhas abandonadas dentro de quartos escuros soltando fumaça pelas ventas.
O Beijing 2008 já nasceu fadado à polêmica. Promete entrar para os anais da história como uma das edições mais controversas dos Jogos Olímpicos - um evento unificador dos povos, simulacro da paz mundial, cujo logotipo simboliza a união dos cinco continentes que, apesar da parafernália tecnológica e da esculhembação cultural pós-moderna, estão ficando cada vez mais distantes entre si. O desfecho é sempre o mesmo: os EUA levam todas as medalhas de ouro, as russas esculacham geral na ginástica, a Daiane dos Santos torce o joelho, alguma machona da natação toma bomba e outra leva uma sova do pai em rede nacional.
Mas o que diria Zoi de tudo isso?
domingo, 20 de julho de 2008
Volta, Glória Maria!
Mas se o Faustão sofresse falência múltipla de órgãos durante uma cirurgia de redução do estômago, ninguém ia dar falta daquela massa amorfa de gordura trans por, no mínimo, uns dez anos mais, o tempo suficiente para que a Globo se utilizasse do seu "Q" para encontrar um substituto. Agora, no momento em que tiram a Glória Maria do Fantástico e colocam uma tal de ex-meteorologista recauchutada que comeu o Zeca Camargo à força no teste do sofá, é sinal de que a Rede Globo de Televisão perdeu o referencial. Gostando ou não, Glória Maria é Glória Maria. Ou alguém já viu a Patrícia Poeta conduzindo entrevistas em inglês, perdendo um pedaço da orelha em rede nacional ou se materializando na Fifth Avenue com a mesma classe? Claro que não, porque a Glória é simplesmente a única repórter septuagenária viva no Brasil atualmente que consegue manter um alto nível de profissionalismo aliado às mais avançadas técnicas de conservação biológica. E cada domingo sem Glória Maria é mais um domingo deprimente e facilitador de suicídio.
Assim sendo, pelos motivos expostos e por mais uma série de outros fatores que aqui não caberiam, inicio neste momento uma campanha nacional pela volta da Glória ao comando do Fantástico ainda em 2008. Volta, Glória Maria!
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Trauma de infância (com moral no final)
Quando eu era pequeno, o meu avô não deixava a gente puxar a descarga depois da meia-noite. Não importava o tamanho do estrago feito dentro da privada, o sono dos vizinhos não podia ser perturbado sob circunstância alguma. Ah, e nós não podíamos assistir à televisão com som também, senão ele podia acordar a qualquer momento de mais um monólogo noturno e começar a berrar palavrões muito adequados para crianças lá da sala onde ele dormia com a minha avó. Isso quando não partia pra agressão física. Pela manhã, os dejetos de uma noite inteira de silêncio no quarto de banho se amontoavam até as bordas do vaso sanitário, e, se eu não me engano, ele mesmo ia lá, orgulhoso, e mandava-os embora.
Eu tinha lá os meus 10, 12 anos e não percebia naquela época que o meu avô era uma espécie de precursor do movimento ambientalista; que, por trás de todo aquele mijo e eventuais fezes acumulados, encontrava-se um honrado guardião dos recursos naturais do nosso planeta, disfarçado de velho rabugento e brocha com espírito de porco preto. Outro dia mesmo eu assistia ao programa ‘Um Lar de Desperdício’, comandado pela irmã mais jeitosinha da Free Willy (ver foto abaixo), no GNT, e ela falava sobre como na casa dela a regra era a seguinte: se estiver amarelo, deixe assim; se estiver marrom, mande embora. Quer dizer, meu avô estava anos-luz à frente do seu tempo, já que não importava a cor da bosta toda, a gente tinha que deixar como estava, economizando milhares de litros de água por ano e, o mais gratificante de tudo: sem acordar a vizinhança.
Traumas infantis à parte, sempre que falta água aqui no bairro hoje em dia eu lembro daquela época cheia de surpresas, umas mais amarelas, outras com tendências amarronzadas, e penso: as pessoas não dão valor nenhum à água. Na última vez que o abastecimento foi suspenso por aqui, eu fui obrigado a encher a caixa do vaso pra mandar embora algo de que eu não me orgulho muito, e fiquei surpreso ao verificar a quantidade de água que vai embora a cada vez que eu aperto aquele maldito botão. Foi chocante demais para uma pessoa que não demora mais do que cinco minutos no banho, que escova os dentes assistindo televisão bem longe da torneira (fechada) e que fulmina empregadas domésticas e zeladores que usam mangueira pra varrer a calçada.
Que o mundo está acabando não é novidade nenhuma pra ninguém, além de ser um grande, grosso e doloroso clichê do nosso tempo. Mas as pessoas foram cegadas a tal ponto pelo capitalismo selvagem (clichê número dois) que chegou a hora da natureza se virar contra os humanos. Pensem em algo como o filme ‘Fim dos Tempos’, só que com diálogos convincentes e atuações boas. E sem árvores vingativas. E sem o Mark Wahlberg. Pode soar meio Sharon Stone bêbada em Cannes, mas é o karma, pessoal. Estamos entrando na era do terremoto como contenção de despesas, do tsunami como eliminação de excesso de contingente, e por aí vai. É triste, mas é verdade. É muito carro, é muita gente, é muito lixo. Não tem mais espaço. Simplesmente não tem onde caber 6 bilhões, 8 bilhões de anormais, cada uma com um carro. Graças à tecnologia e à evolução da espécie, a tendência é que as pessoas comecem a viver até os 150 anos daqui a muito pouco tempo, e eu não sei se quero estar aqui pra ver essa putaria geriátrica tomar forma.
domingo, 15 de junho de 2008
Coisas que me irritam no momento - Edição 2008
Binóculos no sinal e a minha avó
Sinal amarelo? Onde?
Quem dirige sabe que não tem coisa mais irritante do que a duração do sinal amarelo dos semáforos de Porto Alegre. Parece que o tempo entre o verde e o vermelho foi precisamente cronometrado para despertar o instinto suicida/homicida/genocida dos seres humanos gaúchos, transformando o temível 'amarelo' em uma espécie de limbo infernal. Ao invés de sinalizar 'atenção, o sinal vai ficar vermelho daqui a pouco, pessoal. Diminuam a velocidade', somos bombardeados com algo mais semelhante a um 'atenç...putz já ficou vermelho esse caralho do Satanás!' Não dá tempo nem de ser obrigado a passar no vermelho, nem de frear bruscamente pra evitar levar uma multa. Extremamente irritante.
Over the Rainbow versão remix do gordo havaiano
Ahh, O Mágico de Oz... quanta nostalgia, quanta saudade do tempo em que histórias envolvendo menininhas drogadas e espantalhos homossexuais passavam por entretenimento infantil. E quem não se lembra da musiquinha do 'aaaaaaléeeeem do árco-íriiis bla bla bla'? Pois é. Acontece que, passados uns 40 anos, veio um obeso mórbido havaiano e fez um cover dessa música, que acabou virando a trilha sonora de 349 entre cada 350 powerpoints enviados por pessoas desocupadas. Como se não bastasse, virou música de fundo de alongamento de academia, canção-tema de formandos sem noção, trilha de fundo de comercial de varejão, entre outros. Mortalmente irritante.
WC Repórter
A Web 2.0 trouxe coisas muito úteis e divertidas, outras nem tanto, e outras ainda que estão provocando a decadência da humanidade. Dentre elas, a praga do jornalismo participativo, obrigatório em qualquer portal de notícias atualmente. Pra refrescar a memória dos mais matusaléns, coisas como o 'VC Repórter' do Terra, o 'Minha notícia' do iG e o 'VC no G1' do G1 estão contribuindo para a destruição dos valores da sociedade e para a banalização da violência e da morte mundo afora. Quem não viu, nos momentos que seguiram à tragédia com o avião da TAM, as chamadas de 'você viu o acidente?', 'você chegou perto ou tocou em algum corpo carbonizado?', 'você estava dentro do avião no momento do impacto e saltou pela janelinha?', acompanhados de um singelo e estimulante 'mande suas fotos para a gente!'? É cruel demais, e tem que acabar. Decadentemente irritante.
Pimenta no... olho dos outros é refresco
O ego humano é coisa mais linda de Deus. Eu mesmo vivo aplicando testes psicológicos sem que as pessoas saibam, cujos resultados serão publicados no meu livro, que está no prelo. Mas posso adiantar que um dos testes mais irritantes é o da pimenta. O problema: as pessoas não gostam de admitir que sentiram a pimenta arder, mesmo que estejam lacrimejando abundantemente e criando uma hemorróida em tempo real bem na sua frente. Cada vez mais as pessoas estão perdendo a noção do ridículo em troca de reconhecimento social e dilatamento anal devido à ingestão excessiva de pimenta. Meu tio - que chocou uma geração inteira de primos ao alertar, durante um churrasco, que o salsichão era 'de romper o ânus' - é daqueles que vai colocando pimenta, e mais pimenta, e quanto mais as pessoas duvidam da masculinidade dele, mais ele vai contendo o choro e criando bico. Fatalmente irritante.
Hoje acordei com vontade de quebrar um paradigma!
O dicionário é o melhor amigo do homem, e não o cachorro, como se pensava no século passado. Ao contrário do amigo canino, que só come, dorme, caga e trepa na nossa perna, o amansa-burro não só reconforta energúmenos como previne os meus ouvidos de captarem frases como 'eu vou quebrar um paradigma', que eu tive o desprazer de ouvir mais de duas vezes nos últimos dois meses. Normalmente essa pérola é seguida por uma espécie de revelação bombástica por parte do nosso amigo quebrador de paradigmas, que, mal sabe ele, deveria estar recebendo um Prêmio Nobel ou algo que o valha, e não simplesmente destruíndo paradigmas a torto e a direito em uma roda de amigos como um reles mortal não-quebrador de paradigmas. Irrisoriamente irritante.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Alô, Panvel? Vai tomar no c*!
O motivo? 'Saúde é com a gente'. Peraí, estão querendo me dizer que farmácia vende saúde? Farmácia vende é doença. Ou vocês já viram algum dono de farmácia torcendo para que as pessoas sejam mais saudáveis e longevas, sem que necessitem correr pra Panvel mais próxima (dica: em todas as esquinas do Rio Grande do Sul) toda vez que o estoque de Neosaldina chega ao fim? Não, senhor, senhor. É o mesmo que dizer que o negócio da indústria farmacêutica é a saúde, ou que a missão da Petrobrás é estar no meio ambiente sem ser notada. Eu pessoalmente creio no karma corporativo. Aqui se faz, aqui se paga. No momento em que uma empresa de grande porte perde o foco no negócio e se vê enredada nos tentáculos do capitalismo selvagem, alastrando-se à la Wal-Mart e Starbucks feito a peste negra, coisas ruins acontecem. Não imediatamente. Mas algum dia acontecem. Ou pelo menos eu espero que aconteçam.
Fechar o meu Saúde no Copo pra colocar carro em cima da calçada e aumentar ainda mais a abrangência e o lucro dessa merda de farmácia não é coisa que se faça. Isso não pode ficar assim. Peço que, por favor, espalhem essa notícia para o maior número de pessoas possível, porque Parcão sem Saúde no Copo (e eu me refiro ao ponto na esquina da 24, não lá onde vocês mantêm a Panvel Manipulação, viu sua cambada de filhos da puta?!) não é Parcão. Vida longa ao Blueberry 720ml!
sábado, 17 de maio de 2008
Eu tenho medo!
terça-feira, 13 de maio de 2008
A Globo matou a Isabella
A nova lógica do gerenciamento midiático de tragédias nacionais evidencia-se da seguinte forma: 1) menininha indefesa é lançada pela janela; 2) a Globo diz que os culpados são o pai e a madrasta da pobre infeliz; 3) o casal é preso, depois solto, e recebe incentivo financeiro para se expôr ao ridículo em rede nacional; 4) o casal é preso novamente em um espetáculo televisivo envolvendo paparazzi e uso indevido de algemas; 5) a mãe da falecida recebe proposta tentadora para segurar uma girafa de pelúcia enquanto é entrevistada pela Patrícia 'vendida' Poeta; 6) Muito satisfeita com as sobras, Luciana Gimenez entrevista o pai do suposto assassino.
Esgotando-se a seqüência dos fatos, podemos agora vislumbrar alguns dos possíveis desdobramentos do caso: 'Ana Carolina aceita ensaio para posar nua'; 'Exclusivo! Record mantém contato com o espírito de Isabella Nardoni, com auxílio da mãe Ilaiê de Oxum'; 'Boninho admite ter atirado a menina Isabella pela janela e é preso'; 'Alexandre Nardoni e Ana Jatobá mostram tudo que aprenderam na cadeia no mais recente pornô da Brasileirinhas'. Enfim, o de sempre...