quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Sexualidade precoce: a gente vê por aqui.

"Mamãe, por que é que aquela moça tá pelada roçando a genitália em um poste de luz cercada por um grupo de homens tarados em um quarto escuro enquanto o Antônio Fagundes fica olhando pela janelinha?". Foi a pergunta que muitas crianças lesadas fizeram para os pais na semana retrasada, ao se referirem à cena da novela Duas Caras em que a personagem de Flávia Alessandra - uma dona-de-casa mais do que desesperada por sexo casual - mostra todos os seus dotes físicos em uma performance de deixar muito marmanjo visivelmente excitado, causando conflitos matrimoniais graves do Oiapoque ao Chuí.
"Absurdo! Ela estava usando uma lantejoula prateada em cada mamilo e um fio-dental cor-de-pele tamanho PP, suficientes para que não se pudesse considerar aquilo como nudez imprópria para o horário e para a classificação indicativa de 12 anos ou mais!", afirmaram os diretores, produtores e advogados da Rede Globo. Afinal, nove horas da noite já é hora de criança estar na cama, e ninguém tem culpa se o Brasil abrange quatro fusos horários diferentes! Além disso, a audiência de Duas Caras está quase dando traço, e agora que já inventaram até ameaça de morte para o Aguinaldo Silva, só mesmo apelando pra Flávia Alessandra pelada.
A teledramaturgia brasileira já vem num crescente de pornografia softcore há algum tempo - ao contrário do cinema brasileiro, que trilhou o caminho inverso: da putaria desenfreada para o recatamento - e a tendência é que, já na próxima novela das oito, estejamos presenciando a primeira cena de sexo explícito da história da TV aberta no país. Só não vão me escalar a Cláudia Raio para o papel, porque daí a coisa já tende mais para a zoofilia homoerótica. Nada bonito de se ver.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Ma che stronzo!

Outro dia eu vi no Jornal Hoje uma notícia que, em um primeiro momento, me soou triste, depois acabou ficando até meio engraçada, e no final me estressou de uma certa forma que eu tive que vir registrar aqui. A manchete sensacionalista da vez era "Turista italiano é morto durante assalto no Rio". Até aí tudo bem, matar turista não é novidade e nem nunca foi. Entretanto, assistindo à reportagem até o final, descobre-se que este ser proveniente da terra da Cicciolina, enquanto passeava com a família no calçadão de Ipanema ou Copacabana (o que for mais chique), presenciou uma cena terrível: um neguinho passou correndo de bicicleta e arrancou a corrente de ouro do seu pai. Nisso, o maledeto sem noção sai correndo atrás do meliante, iniciando uma batalha corpo-a-corpo que culmina em ambos turista defunto e assaltante caídos no meio da movimentadíssima rua do calçadão, seguindo-se a isso o atropelamento do primeiro por um ônibus e a fuga do segundo. Agora, digam-me vocês: Esta pessoa morreu durante um assalto no Rio de Janeiro, ou ele era apenas idiota e, na verdade, já estava morto por dentro? Que correntinha de ouro é tão importante assim pro cara sair correndo atrás de um vândalo movido à duas rodas?
Notícia vai, notícia vem, e a imprensa italiana acabou divulgando notas ainda mais sensacionalistas do que as do Jornaleco da Globo, relembrando aos seus cidadãos (é sempre bom relembrar) que o Rio de Janeiro é uma das cidades mais perigosas do mundo, que no Brasil as pessoas têm rabo e que os comunistas comem criancinhas. A última? Colocaram até o BOPE atrás do menino que surrupiou a mísera corrente de ouro, só pra provar pros gringos que aqui no Brasil se faz justiça, sim, mesmo que seja apenas para cachorros pequenos e famintos.

domingo, 4 de novembro de 2007

Quase de volta...

Os últimos dias da minha monografia (e da minha sanidade mental) estão chegando.
Coisas boas estão por vir.
Aguardem.