sexta-feira, 11 de maio de 2007

Um intolerante incomoda muita gente

Parafraseando a minha querida amiga Regina Duarte: eu tenho medo! Medo, não. Nojo! Asco por essa tal de Igreja Católia. E não só a Católica como também a Metodista, a Universal, as testemunhas de Jeová e o escambau. Sinto vergonha por esta chusma de pervertidos que domina as mentes de nossa população pobre de renda e de cultura. Se existisse um inferno, e se existissem o pecado e a punição, pastores, bispos, rabinos e outras variáveis episcopais seriam os primeiros da fila do castigo. E rezar um punhado de pai nossos e ave marias não chegaria perto de expurgar as atrocidades que cometeram em vida. A sociedade chegou a um ponto de cegueira em que eu não posso mais me calar e ser julgado intolerante por meter o dedo na ferida dourada da Igreja moderna. Simplesmente não existe certo e errado quando se trata de proibir o uso de camisinha em uma população que faz mais filhos do que escândalos políticos. Estes filhos, inevitavelmente, terminam caindo nas tentações do crime em um país de contrastes visíveis e grotescos. E o Papa vai estar refrescando a careca em sua Mercedes modificada e vestindo seu manto dourado enquanto nós damos tchauzinho para o avião papal e viramos as costas para o caos que se instala em nossos quintais. Que diabos esse senhor veio fazer aqui nestas terras, que eu mal pergunte? Condenar seitas (o Papa não gosta de concorrência?), o divórcio, desvios sexuais (seria a Igreja intolerante?), pregar a virgindade até o casamento (com certeza o senhor Bento XVI não sai muito de casa), aconselhar o povo a não usar a tal da camisinha (se Jesus não precisou de camisinha, quem somos nós para atestar o contrário? Agora, se o Espírito Santo tivesse transmitido uma gonorréia braba para a coitada da Maria, aí sim eu queria ver o que o Bentinho iria dizer)? Prometo que dedicarei o restante da minha humilde vida para acabar com esta palhaçada toda de Igreja e fanatismo. Talvez eu seja um pouco intolerante. Intolerante à podridão, perversão religiosa, fanatismos. Intolerante ao poder de manipulação dos fortes sobre os mais fracos. Mas não deveríamos todos ser intolerantes a tudo isso? Deixemos a intolerância sexual, racial e social apenas para as Igrejas, que de intolerância estão cheias. Vade Retro, Bento XVI!

Um comentário:

Anônimo disse...

Com certeza a Igreja manipula e impede o progresso. O uso de células-tronco, por exemplo, que promete curar de unha encravada a câncer no pâncreas, encontra nela um dos (se não O) maiores obstáculos.

Só me permita dizer que a religião é parte fundamental de muitas pessoas, que assim como eu e você, desejam construir algo de bom na sociedade. A Igreja fornece respostas, mesmo que não comprovadas, para perguntas que todos se fazem em algum ponto da vida. Ela consola a perda de um parente, dá uma esperança para o futuro, mesmo que não ajude a construí-lo.

E é de conhecimento geral que uma espiritualidade é essencial para todo o ser humano. A própria OMS inclui a espiritualidade no seu conceito de qualidade de vida. A crença é algo muito forte, e eu acho que deve ser respeitada.

É difícil para nós aceitarmos que alguém como o Papa venha, diga o que quer e tenha o apoio de muitos. Ele detona com pesquisas, avanços, com um simples discurso. E, pelo menos para mim, que não sou católica nem nada, é difícil entender porque as pessoas colocam de lado a razão, as pesquisas, as evidências, a camisinha, e escutam a ele. Crença. Fé. Algo superior. Eu não preciso acreditar, gostar ou concordar. Preciso entender que existem pessoas que realmente acreditam nele, e que, como seres humanos que são, não importando a mentalidade, merecem respeito.