terça-feira, 17 de julho de 2007

Boletim do Pan (1)

Por enquanto, as minhas férias têm se resumido a dormir até o meio-dia, comer feito um filhote de baleia orca, sambar e cantar ouvindo "Estudando o pagode", jogar tênis e boliche no Wii e assistir às competições de ginástica artística do Pan. Não que eu esteja reclamando. Eu aprendi, por exemplo, que o flip lateral arqueado vale mais do que o mortal cortado para trás e que os americanos não são pessoas de verdade. Fiquei morrendo de pena da Jade que, quando consegue parar em pé na trave o povo já sai batendo palma enlouquecido, com o coração na mão, pensando "não vai cair de novo, sua mongolona". Makhtub. Fiquei com pena também do Jesus (que, felizmente, não é brasileiro), já que ninguém contou pra ele que o certo não é aterrissar de bunda depois de saltar sobre o cavalo, e sim de pé. Os americanos, que obviamente compraram os jurados, já ganharam mais medalhas de ouro do que nós brasileiros ganhamos medalhas de todos os tipos. Tudo culpa da Jade, que passa mais tempo caminhando em volta da trave do que sobre ela (pelo menos ela levou ouro no salto sobre o cavalo). E da Daiane, que simulou uma torsão no tornozelo porque se peidou pras gringas, que são controladas por computador. Os nadadores tentaram salvar a pátria hoje de manhã, ganhando não uma, mas duas medalhas de ouro (no 400 medley e no 4x200 livre). E ainda bateram o recorde pan-americano de revezamento. Graças, em parte, ao Thiago Pereira. E parece que o Diego Hypólito está conquistando mais uma medalha de ouro pro Brasil no momento em que escrevo. Com certeza, é um bom dia para o Brasil no Pan. Viva.

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